Esquecido de você

Ah Deus!... Que farei na noite umbrosa,
envolvido pela tempestade,
implexo na louca saudade?
Onde hei de encontrar os reflexos dos seus olhos,
sem raios lunares?
E a flor que viceja, se abrirá em botão pra quem?
Ah Deus!...
Se eu pudesse transpor esta existência,
toda esta solidão seria arrebatada;
e num segundo,
sua sombra faria a magia,
o escuro seria quebrado,
a tempestade cairia em pétalas de flores.
Minha saudade seria arrastada em seus carinhos.
Então, a lua ficaria mil vezes refletida em seus olhos.
Eu veria neste mundo diferente,
um motivo para existir,
eu faria um poema;
diria sem orgulho que a amo.
Ah Deus!... Enquanto penso na maneira de fugir deste tédio,
você naufraga em orgia completa,
esquecendo-se da vida, de mim,
magoando a alma, deste ser poeta.