A espera
... ela, não entendendo o sentido
da espera, mais uma vez, o coração
entregou, recebeu em troca
uma migalha de amor.
Não valorizou o tempo,
querido amigo, por desespero,
procurou no peito estranho
encontrar abrigo.
Inventando para si essa ilusão,
desobrigou o outro coração,
de demonstrar ou desejar,
ao seu lado, qualquer ventura.
... e ele, ensimesmado que era,
nem ouviu o que disse ela,
ignorou as lágrimas vertidas,
nem percebeu que ela sofria.
e ela ficou só...
porque era filha da solidão,
tinha o peito lacrado na dor,
sabia não ter direito ao amor!