Distante

A solidão me invade como se fosse seu lar

Toma minha tranqüilidade

Me lança ao chão, me maltrata

Me amedronta, me faz chorar.

Chego a pensar que não suportarei essa dor

E no vazio que me cerca, busco algo para me proteger.

Não encontro nada, nem a ninguém.

E choro mais uma vez,

De saudade e de medo.

Busco firmar-me nas lembranças das pessoas que amo

Horas consigo um pouco de paz

Outras, só sentir mais dor.

Prendo-me nessa luta (in) consciente,

Uma luta árdua e muito difícil, eu sei.

Mais espero que possa vencê-la, e não deixar que ela me vença.

As poucas horas de "prazer" e "lucidez" que tenho durante o dia

É quando, no trabalho, misturo-me a outras pessoas

É uma forma passageira de amenizar a dor que sinto

Que mesmo durante esse período, ainda me atormenta.

Pessoas que estão ao meu redor, e tão distantes

Sou e são tão inalcansáveis.

A única solução que me resta até a psicoadaptação

É esperar que chegue o dia de retornar aos meus

Para, assim, saciar a minha sede e o prazer

Da verdadeira companhia.

Robespierre Araújo Silva
Enviado por Robespierre Araújo Silva em 18/05/2006
Reeditado em 24/10/2009
Código do texto: T158387
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