Tu és o inverno
Quando olhares pela janela veras teu coração
Gelado como o inverno que cai
Angustiado como o vento que uiva
Dilacerado como as árvores do bosque
Verás um mar de branco
Um nada, preenchido por um manto.
De puro gelo e solidão
Este é o retrato de teu coração
Como o verão, já me aqueceu.
Trouxe-me conforto e alegria
Como o outono, foi se distanciando.
Deixando morrer nosso encanto
Agora és fria como o inverno
Aquele gelo eterno
Que eu inocente descobri
Não apareceu agora, sempre esteve ali
Olha pela janela e vê o que se transformou
Na verdade veja o que sempre foi
O que eu descobri há pouco
Que nunca me amastes, nem me deste conforto.