Toda tristeza do mundo

Os arcos estão distantes.

Não há como alcançar.

Os passos, já cambaleantes,

não querem se consertar.

É estranho a rispidez do refrão,

viciando e maltratando,

fazendo querer ouvir,

mesmo quando não está agradando.

O ar criando hematomas,

como nós apertados,

tornando rubra, a pele,

num alérgico retardo.

Cansaço. Paralisia.

Os dedos pesam sobre as teclas.

Esse piano gramatical não me larga.

Vou-me agora, farto das regras.

Toda tristeza do mundo...

Rafael S P Valle
Enviado por Rafael S P Valle em 05/06/2009
Reeditado em 08/06/2009
Código do texto: T1632784
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