Sem Título

Mais uma vez o amargo sabor da paixão sorve em meus lábios

O prazer reminiscente, esvai-se como tinta em água

Os encantos passados, já não dão esperanças, mas tormentos

Ela que demora a chegar, mas fatalmente me leva

A luz que me traz, é como o brilho patranha de Orfeu

Criança ingênua, teimando em querer o que não lhe cabe

O truque se repete, mas sempre com outra máscara

Envolve-me nas tuas asas do desespero e...,

Marionete tola, de ti um brinquedo intermitente

Nunca me traíste, sou teu mais fiel servo, amante

Abraça-me profundamente para que me cegues o coração

E não mais veja outra que não tu, Tristeza dominante.