VOLTA

As tardes cinzentas de Sexta-feira

São melancólicas, enormes

Custam a passar e arrastam-se para a noite

Lenta e gradativamente

Estou dentro dela expectante e ansioso

O burburinho ao meu lado é muito

O ar pesado carregado de presságios

As expressões de cansaço desarmam

Procurar otimismo não e possível

Todos os rostos estão sisudos

Hoje estou mais amargurado que o normal

Não me compreendes

E, isto machuca.

A cabeça não me pertence

Os olhos repousam no passado

E o escuro do medo me apavora

VOLTA!

JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES
Enviado por JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES em 26/05/2006
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