Um poeta morto

uma vez, que por uma rua passava

Percebi que ali estava

Um corpo, de um indigente finado

Pobre mancebo ali jogado

Que meu coração se apertou

De ver que todos passavam e ninguem o ajudou

E agora o que resta? Uma sombra esvaecida

Largado ali sem vida

Um triste que sem mãe, agonizou

Que saudades da vida levou

Que morreu ali de sede e fome

E agora está onde a dor nao consome

Tão meiga éra a face

Me admira que ninguem reclamasse

O corpo daquele finado

Que ali por todos pisado

Mantia o mesmo semblante

De quando o vi ante ontem

Foi intão que lenbrei-me do indigente

Que num tempo sem deus, ainda crente,

Não merecia tudo aquilo

Então resolvi leva-lo

Até o povoado

Para um interro merecido

E resolvi a todos contar

Antes de seu corpo sepultar

A historia de sua vida

Que a todos pedia comida

E alguns a ele negava

Justo a ele que a todos alegrava

Eu resolvi a todos contar

E em meio um homen a pertubar

Resolveu algumas palavras dizer:

_Bravo! Bendigam o merecer

Que este louco recebeu

Que ele agora que morreu

Nos deixa a mente em paz

Tu achas que ele fez mais

Que alguem que esta aqui?

_ Não profane o pobre morto

Ninguem chorou por ele... No seu peito

Não tinha colares, nem aneis nos dedos

A calça erra curta e os pés descalços

O interro do pobre nao saiu do seu bolso

E dizer que pago eu nem ouso

E quando o homen ia responder

Quando já éra quase anoitecer

Escutamos um barulho de carro

Que descia pela rua atraz do morro

Mas quando vimos de quem éra

Cuidei que fosse ela

Quando a porta se abriu

Meu medo intão sumiu

De ver ela parada ali

Linda! Esther, a mulher mais rica daqui

E dizendo alto a todos :

_ alguém tem problemas com o morto

Porque se tiver

Tem comigo também

Por que quando eu éra menina

E nos ficavamos a sos

Ele era quem enxugava meu pranto

Ele fez por merecer

E você moço também

E então so fui perceber

Que quando parei para socorrer

Aquele pobre finado

Causei aquele pranto todo

Mas era um pranto leve

Que caia como a neve

A mulher rica, parada,

Anjo na minha frente

Era claro que ela o amava

E carinho por ele ainda tinha

E ela por ele amada

Beijou naquele ultimo estante

E disse a todos que a olhava

_Deus arranque a vida minha

E ela tendo dito

Tudo que permitiu seu pranto

Ergueu-se melindrosa

Tão bela como a mais bela rosa

Disse adeus e partiu

Intão depois de tdo isso

Continuei meu compromisso

De dizer quem era o pobre

Que agora ja no sofre

Como ultimo verso dito

Ele era meu amigo

Seu nome não importa

Sua profissão era ser poeta

Sua arma éra uma caneta

Descanse em paz no leito solitario

Tem o amor de sua amada

Cruz, lapide e semiterio

_Foi poeta _Sonhador _E amou na vida

E agora neste triste momento

Resta um poeta morto!

A$$ Marcinho

wolverinewild
Enviado por wolverinewild em 19/06/2009
Reeditado em 24/06/2009
Código do texto: T1656564