SILÊNCIO DEVASTADOR
Hoje o silêncio gritante
Habitou o meu interior
Senti seu toque sorrateiro
Quebrando tudo em mim
E nesse silêncio estável
Encontrei algo desejado
Não era a paz
Mas sim uma anestesia
Para as desavenças silenciosas do meu coração putrefato
Nesse instante de calmaria minha alma vagou
Numa sinestesia atormentadora
Porém, sem o ressonar do pranto que cai ao chão
O delírio abre meus olhos
Para as palavras já esquecidas
Que ficaram ecoando escondidas
Como no dia em que a escuridão calou-me
O silencio devastador é o responsável
Pela condição inerente desse torpor
Às vezes ele machuca
Às vezes ele assola a voz da alma