A chave

De repente deixou de haver saudade;

Fugiu do peito em brasa a dor cativa

E o som de tua voz tão incisiva,

Nesse instante varou a eternidade!

Hoje não há saudades, mas lembranças,

Angústia, desespero, cicatrizes,

Fugaz felicidade sem matizes,

Dos sonhos coloridos das crianças;

Hoje não há saudade e esta poesia

Não é louvor de fé, é desencanto,

É gota de tristeza, é nada, é pranto!

É tudo que restou de antigas fantasias,

Que deixamos largadas, esquecidas,

Um espasmo de morte além da vida!

Abrantes Junior
Enviado por Abrantes Junior em 07/07/2009
Código do texto: T1686562
Classificação de conteúdo: seguro