NOITES VAZIAS

A triste sina de uma noite sem acalento,

No vazio se encontra o semblante mortal.

Perambula a ermo o poeta sonolento,

Noites e mais noites não seria igual.

Fico então a pensar nos lindos momentos,

E buscar o sossego da noite que acabou.

Mesmo carregando em mim os sofrimentos,

Não pude evitar; lhe adorando ela morreu.

No abismo dos sonhos me afundei,

Sem paz cravei minha dor na agonia.

Mesmo incomodado eu não chorei.

Perambulando e fugindo de tanta amargura,

Com o corpo abatido de tando imaginação.

Foi uma dolorida luta com muita bravura.

Marolla
Enviado por Marolla em 09/07/2009
Reeditado em 16/06/2020
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