NOITES VAZIAS
A triste sina de uma noite sem acalento,
No vazio se encontra o semblante mortal.
Perambula a ermo o poeta sonolento,
Noites e mais noites não seria igual.
Fico então a pensar nos lindos momentos,
E buscar o sossego da noite que acabou.
Mesmo carregando em mim os sofrimentos,
Não pude evitar; lhe adorando ela morreu.
No abismo dos sonhos me afundei,
Sem paz cravei minha dor na agonia.
Mesmo incomodado eu não chorei.
Perambulando e fugindo de tanta amargura,
Com o corpo abatido de tando imaginação.
Foi uma dolorida luta com muita bravura.