Flores Mortas

Se eu fosse o vento soprando no espaço
Se eu fosse a luz de uma estrela solitária
Se eu fosse o inverso do seu odio
Se eu fosse sua vida imaginada
Eu seria a pessoa mais amada
 
Mas não é amor que me preocupa nessa hora
É a vida toda que vai embora
Quando não sentimos mais ânimo pra nada
Se eu fosse minha propia vida imaginada
Teria a luz no olhar de volta

Mas vago por uma escuridão sem fim
Um caminho onde as flores estão mortas
Peço-te apenas: _Não me toca!
Tudo que eu toco ou faço sofrer
Ou faço sumir!

Se hoje chove
Se há enxurrada e tempestade
São meus olhos que durante a noite orvalham
choram uma estranha saudade
Saudade de mim

Mas vago por dentro da minha propria estória
É um caminho sem honra e sem gloria
Há alguns amigos e alguns amores
Mas passo pelo jardim que serei enterrado
jogando lindas flores
É um caminho onde há muitas arvores secas
Muitas flores mortas

Se eu fosse o vento soprando no espaço
Se eu fosse a luz de uma estrela solitária
Se eu fosse o inverso do seu odio
Se eu fosse minha propria vida imaginada
Imaginaria um final melhor...
Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 11/07/2009
Reeditado em 11/07/2009
Código do texto: T1694045