Maldade

Eu que nunca conheci a maldade

Hoje sofro por ti

Eu que não sabia o que era dor

Hoje vivo aqui

Sem um colo, sem um carinho

Sem amor e sentimento

E o desespero invade a dor

Por você meu amor

Eu te mato se te ver na minha frente

Te destruo miserável ser

Já não quero teu calor

E minha mente já não necessita de você

Meu coração bateu mais forte

Ao sentir o teu perfume

Me enjoa, me corroe

Na verdade, apenas dói

Vou gritar

Para quem quiser ouvir

Vou lançar a capa

Para onde eu ir

Já tem alguém no meu lugar

Que deseja não mais me ver

E por ter falta de maldade

A maldade me destrói

Dói demais

A dor de perder

A vontade de morrer

De vê os céus também

Se o tempo voltasse

Eu não queria ter nascido

Num mundo medíocre

Onde há falta de amor

E esse amor mesquinho

Que deixou a maldade crescer

E hoje ele morre

Assim como eu, e como você

O inverno vem mais uma vez

E leve o outono para você

A rainha me disse

Hoje ela dormi feliz

Amanhã será que vem

Vem vê

O dia amanhecer

Com você

Em braços anônimos

Procuro um carinho teu

E uma boca suja

De batom que não é o teu

E você que disse

Que era minha vida

Hoje entendo que essa vida

Quis acabar

Não foi maldade não

Foi um suicídio então

Pois acabando com a minha vida

Acaba também com você

Bem que poderia

Ficarmos desligados

Mas meu irmão que eu ainda amo

Não pode mais me ver

Tem febre e dor também

Chora mais que eu

Pois não viu desse lado

O muro que derrubaram

Com paredes pinchadas

Anunciando um fim

Final de um recomeço

E lá no berço ela dorme

Melhor que você

Maldade, nesta cidade

Que prolonga num vasto

Viver

Alejandro Cerrado
Enviado por Alejandro Cerrado em 12/07/2009
Reeditado em 12/07/2009
Código do texto: T1695604