MANHÃ SEM SOL

Pela manhã, ao abrir minha janela.

Um vento frio e úmido beijou-me a face.

Prenúncio de que o dia seria um caos.

O sol não rasgou as nuvens.

A garoa fina se transformou e o céu deixou,

sua tristeza transparecer em forma de chuva.

Tal qual essa manhã triste, e melancólica, meu

coração e minh’alma, entristeceram também.

Meu pranto rolou pelo meu rosto.

Como eu queria que minhas lágrimas se fundissem

com a chuva, se tornando forte o bastante, pra

levar essa dor embora.

Como eu queria voltar o tempo, e ser feliz novamente.

Como eu queria olhar o mundo, com olhos de bem querer,

mas nada pode atenuar o meu sofrer.

A sua presença era, como uma luz na minha vida,

ocupava todos os espaços.

Seu amor guiava meu caminhar, me mostrava a direção.

Amar você era tão simples... quanto sorrir, caminhar,

cantar, respirar.

Mas, você foi embora, me deixando, completamente perdida.

De repente, não mais sabia se era inverno ou verão,

onde começa o dia, onde termina a noite.

Me perdi na sua falta, no fato, no acaso!

E nesse caos, que se tornou minha vida, todo dia, é mais

um dia, pra eu lembrar de você.

SP/07/2007*