Cronológico acidente
Se lhe escrevo um poema
Dessa época dos modernos
Não passa de um acidente temporal
Não poder lhe ter
Traz tristeza imensa
Digna dos fatais românticos
E se sonho com você
Trajada com sensualismo realista
Logo afasto o pensamento
Com o temor barroco
E caio em decadência simbolista
Acho que o problema
Analisado com cientificismo naturalista
É que não consigo viver
Sem a sua beleza parnasiana.
(Rio, 2007)