Vicios
Vício é verme, que penetra a pele,
Destruindo a carne, a alma e a mente,
Tráz sofrimento para a mãe,
Fome ao filho,
E para a jovem esposa,
Um leito vazio...
Vício é lama negra,
escorrendo no rio.
Erva daninha no bosque,
Da flor o espinho.
Entala na garganta,
Estremece as ancas,
Fazendo do ser, uma vida manca.
Rasga a seda,
Desmancha a cama,
esvazia a mesa,
desaloja a criança.
Vicio é maldito,
faz do amigo, inimigo.
Tira do lar os filhos,
afasta a esposa.
Oferece a sargeta,
roupa poeirenta,
uma péssima aparência.
Mas ainda acredito,
que mesmo sendo grande o vício,
é possivel ser maior do que ele,
insisto em clamar ao Senhor,
que dê calor a quem tem frio,
alimento ao estomago vazio,
Teto ao desabrigado,
saúde ao enfermo e desesperado...
Mas Senhor, não permita
que o vicio malvado,
cruel e voraz,
tire sem piedade,
tudo o que de bom nos oferta.
Não deixe nos lares as dores,
não apague a tinta na folha do poeta.
Que exista a vitória no final,
que realmente o bem supere o mal.
Que o sangue que jorra da alma do viciado,
estanque com o apoio e amor desregrado.
Trazendo calor aos braços gelados,
trazendo a paz ao lar agitado.
Acalanto para a mãe,
Alimento para o filho,
Amor para a esposa.
E um largo e vitorioso sorriso,
Ao jovem guerreiro,que fez um resgate,
da alma, dos nervos, da sua melhor parte.