Dados Perdidos
Não sei a quem me refiro
Trago comigo o maldito tempo
Preto e branco. O eco duma família
Que desmorona pelo caminho
A cada ilha se desfaz um laço
E aos poucos me perco dos braços
De meu pai.
Mesmo assim trago seus traços
Tão perfeitos em mim!
Indiferente e egoísta
Deito-me, fumo um cigarro e tomo café
Mas na hora de dormir
Abandono os dados e me ponho a c
h
o
r
a
r
Não sei a quem me direciono
Mas possuo amigos que dirão
Além dum pulmão doente; Uma vida
Sem sentido
Pelas contramãos e sobrepesos
Porém, com todo desespero
Respiro aliviada quando paro de mover
Os dedos.
S7