MENINO DE RUA

Livre como passarinho, mas sem asas pra voar

Corrompendo os outros ninhos por não ter pra onde voltar

Teria a sorte, guardado ao menino

O futuro brilhante da oportunidade

Algum um projeto em sua cidade

Ou seria o projétil disparado

Em disparate à sociedade?

Como pode trabalhar... sequer aprendeu a ler

Como pode estudar se apenas pode ver

O que o sangra e atormenta aumentando seu horror?

Mas aprende que é temido (na vingança há sabor)

Vai morrer sem ter vivido ou matar sem sentir dor

Sente fome e cheira cola, sente frio finge esquecer

Como foi, ele, esquecido

Pela Pátria Brasileira, filho infeliz

de uma triste mãe solteira

E de um país que disse não.

susybar
Enviado por susybar em 03/08/2009
Código do texto: T1733990
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