Claustrofobia
Eu sou o poeta da última hora,
o profeta das penúltimas ilhas,
o que sonha com a lúbrica amante,
nas curvas sou o incerto,
do pesadelo o objeto,
nas experiências o segredo.
Querer faz poder escrever
versos silentes, palavras lidas
morrer de espanto, num canto
escapar das armadilhas
reinventar meu pranto
nas profundezas a ária
Poesia a descrever
dentro de nós
perigos e setas,
atingem o alvo
caminho de ferro
oxida o veneno
mergulhado por aí.
DR DMITRI