Derrotado

Deixe-me num canto escuro,

Ou faça um muro.

Minha voz é um murmuro e

Meu olhar inseguro

Querendo compreensão!

Estar amarrado a algo errado.

Sentindo o cheiro da tristeza

E vendo o gosto da podridão!

Demente eu minto

Que tudo vai acabar bem?!

A lágrima escorre na hora de um sorriso.

E o choro sem nenhuma razão!

Tentar desistir?

Ou parar de seguir?

É errado dividir o

pão que o diabo amassou?

Esse alimento que não mata a fome

E se sentir perdido...

E o pior nem ser procurado.

E num mar de mágoa

Onde todos andam sobre a água

E só eu me afogando.

Nessa mar que não se morre

Mas profunda é a dor

Assim eu fico sem morrer

E não vivendo

E no brilho do breu

Eu vejo o meu eu

Refletido no escuro.

Maicon Heric
Enviado por Maicon Heric em 13/08/2009
Reeditado em 26/04/2012
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