Derrotado
Deixe-me num canto escuro,
Ou faça um muro.
Minha voz é um murmuro e
Meu olhar inseguro
Querendo compreensão!
Estar amarrado a algo errado.
Sentindo o cheiro da tristeza
E vendo o gosto da podridão!
Demente eu minto
Que tudo vai acabar bem?!
A lágrima escorre na hora de um sorriso.
E o choro sem nenhuma razão!
Tentar desistir?
Ou parar de seguir?
É errado dividir o
pão que o diabo amassou?
Esse alimento que não mata a fome
E se sentir perdido...
E o pior nem ser procurado.
E num mar de mágoa
Onde todos andam sobre a água
E só eu me afogando.
Nessa mar que não se morre
Mas profunda é a dor
Assim eu fico sem morrer
E não vivendo
E no brilho do breu
Eu vejo o meu eu
Refletido no escuro.