O último circuito

A vida ganha uma ferida pungente

Para sangrar em mim uma vez mais

O sofrimento que bate através da porta

A decadência da vida

De nossa existência, por milhões de vezes

Até aqui, um fracasso nato, como num devaneio

Apagado

Na vida, buscamos a glória

Que se vai nos ventos de inverno

Contemple além de um horizonte enevoado

Parado desde o passado

Envolva minha ira em tua satisfação

Quem sabe sonhar? O dia da morte, imploro-te

Encontre um refúgio à vida

Quem sabe sonhar?

Convoque a tempestade onde eu possa caminhar

Adentre as clareiras da manhã

De um desejo de morte coibido

Convoque a luz das estrelas

Adentre essa triste ilusão

Quem sabe em sonhos nada seja real

Encontre um refúgio à vida

Pela gloriosa noite, a liberdade de tua vertente

Sacie meu apetite... Renuncie o legado

Através de tempos saudosos... Num caminho de indignidade

Sem o fantasma do meu pesar

O último caminho desta vida

Eu abandono

Glaucio Viana
Enviado por Glaucio Viana em 13/08/2009
Reeditado em 13/08/2009
Código do texto: T1751943
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