Grito

Grito mudo, grito rouco, mesmo tão fraco...por que se prende?

Se do coração não conhece a mente, nenhum sentido de senso louco?

Se não te prendo então quem é?

Se não te nego por que te escondes?

Não alimento nenhuma fé,

das dores que vem encaro as frontes!

Doença, escárnio do passado, se quer minha'lma então vem pegar!

Não me entregarei sem lutar! Não lhe darei minha vida de bom grado!

Me desculpe essas linhas tortas, mas de mim precisava arrancar,

o pedaço fétido de alma morta, que essa dor insiste em dilacerar;

Se é forte assim a minha angustia, vou me focar no meu caminho,

e mesmo que venha a dor augusta, não vou mais estar sozinho.