Sofro por ti

Sofro por ti

que vives enganado

sob o teu teto.

Não engano físico

mas engano de alma

que, por fim, conseguiu

sujocar a tua

que eu julgava boa, desinteressada.

Que pena!

Arquitetando maquiavélica,

uma alma interesseira e esnobe

sufocou a tua

que eu julgava nobre e amiga.

E tu seguiste o fio de Ariadne

pensando que te livrarias do Minotauro

sem perceber que este ser vive a teu lado

e conseguiu findar sinceras amizades

de leal fidelidade.

Que pena!

Deixaste que a vida material e ambiciosa

sufocasse o que de mais puro

havia numa amizade.

Ledo engano

julgar que o conforto e luxo

de uma mansão,

que as pseudo-amizades

que pululam o status

substituem a paz!

Esta só habitará

na lei da consciência.

Tenho pena de ti

Pois um dia haverás de descobrir

que a "verdade verdadeira"

algum dia chegará a ti.

Sinto, sinto muito

ver que um amor fraterno,

quase idolatrado, ruiu,

foi levado pelo vento

como desaba um ídolo de barro.

Nadir de Andrade
Enviado por Nadir de Andrade em 23/06/2006
Código do texto: T180652