Indolor

Tateio a parede escura e áspera

Procurando pelo menos uma brecha,

Um ínfimo ponto por onde o ar entre,

Assassinando a asfixia que toma meu sangue.

Engulo em seco,

Arranhando minha garganta.

A dolorosa vontadede ter o inatingível que entorpece meus sentidos

Novamente move-se entre minhas lágrimas.

A inexpressividade do meu sofrimento

Cala o sorriso já extinto em minha face:

Até meus olhos recusam-se a se fechar;

E,

Embora a tristeza tenha se tornado costumeira,

A fria sensação de não mais se importar

Açoita meu coração há muito tempo parado.

Pedro Costi
Enviado por Pedro Costi em 14/09/2009
Código do texto: T1810293
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