Que mentira , não existias!

Te procurei na imensidão... nas estrelas...

Romântica...cheia de poesia...

Te encontrei na estrada da vida...

Escrevias bilhetinhos, lias

Gostavas de música, de dança de alegria

Pobre,Honrado, trabalhador, não drogavas, não bebias...

E ficastes do meus lado...meu amigo de todas as horas..

Eu trabalhava alucinadamente

Estudava e comecei a dividir contigo minha vida

Ou foi o contrário ?

Eu te julguei inteligente ...estudado

Tua mãe tão gentil, teu pai um gentlemann

Eu não queria me envolver, tinha receio de me doar

Me rendi , mas percebi que não existiam sonhos em comum

Nem um plano de vida ...

Nada que me fizesse pensar num futuro seguro ..

Eu trabalhava muito e era capaz,

Teu dinheiro não seria necessário

Fostes te acovardando..

Descobri que bebias, que drogavas

Arquitetastes tudo, e tua família sabia

Eram um engodo mas, já tinha casado ..

E no quarto dia cheguei do trabalho e te encontrei alucinado

E assim segui por 30 anos ..

Agora o que nos resta?

Filhos, uma neta e mil noites sem uma palava

Quando muito, um grito

E de gritos vamos vivendo

Até quando?

Tual alegria é ver minha derrota...

A minha e te ver nos braços da tua mãe, irmã

Sendo amado como mereces

E assim vivemos nós , mesma casa, dois estranhos ...

Quanto engano por pura vaidade...

Perdemos todos..

Como és cruel

Um dia te enforcarás com teu ego!

Flor do Córrego
Enviado por Flor do Córrego em 17/09/2009
Reeditado em 17/09/2009
Código do texto: T1816514
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