Natureza morta... Homem morto...

Encontrei uma arvore caída

Derrubada por um lenhador

Ainda com um resto de vida

Disse-me ela ressentida

Gemendo de tanta dor:

“Os homens não raciocinam

A respeito do nosso valor

Eles cometem atrocidades

Contra a mãe natureza

Despertando a seu furor.”

Caminhei pensando bastante

Sobre aquilo que eu ouvi

Mas quando dei por conta

Lá estava eu diante do lenhador

Que cruelmente cortava outra árvore ali.

Parei diante daquele homem

Interrompendo aquele assassinato

Ele foi embora um pouco nervoso

Resmungando como um louco

Dizendo: “Eu te mato! Eu te mato!”

Foi-se embora o lenhador

Deixando-me só com a natureza

Quando ouvi uma voz dizer:

“Muito obrigado, caro senhor,

Por preservar tão rara beleza.

Muito obrigado por ter espantado

Aquele homem cruel e insano

Que, no peito carrega a morte,

Na alma transporta má sorte

Com requintes de um ser desumano.”

CARLOS ALEXANDRE F DA SILVA
Enviado por CARLOS ALEXANDRE F DA SILVA em 24/09/2009
Código do texto: T1829436
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