tempo & solidão

e dos dedos, trêmulos,

do poeta escorre o sonho;

murmúrio d’água

fresca: notas de aromas

soçobra uma dor

de extremo a extremo

num injetar sonoro

de rasgar janelas

enquanto,

entre floridos lençóis,

a solidão saliva

e o tempo arranha

a sorna distância

...amanheço sobre o papel

escrita em líquida

palavra: ‘e mais nada!’