HOSPITAL




Nada mais horrendo que hospital
Sofre-se por antecipação e por final
A cama é como uma prisão sem luz
Sei que aqui carrego a pesada cruz

Entra um , sai um, barulhos ..e nada
Esta dor infame aqui abandonada
Meu espírito dorme e já não reage
Diante da realidade minha alma foge.

Chega o médico, ou o enfermeiro
Meu olhar é de nojo quase certeiro
Pensam que me enganam com palavras
Mas, estou lúcida e muito brava

Detesto todas as cores do hospital
A assepsia demasiada em geral
Sinto falta da liberdade de humana
Penso em fugir, mas a saúde engana

Ecoa os sinos da Igreja Episcopal
Ouço da minha cama deste hospital
Talvez o que eu ouça seja um sinal
Que meus tormentos terão “o” final