REI DA NUVENS

Lindos morros e vales, tão verdejantes,
que mostram, as paisagens distantes,
que enfeitaram tanto meu entardecer.
Hoje são tristes, mas com tudo me consolo,
recordo , ouvindo o barulho do monjolo,
tento mentir, que já é o amanhecer.

Avisto ao longe, as velhas torres da orada,
fecho os olhos, e sinto me na madrugada,
para não ver, a noite que vai começar.
Daqui a pouco, vou para o caramanchão,
onde cantando, distancio me da solidão,
e na noite, vou com as estrelas deitar.

Viver aqui só, nunca foi uma façanha,
viver assim, no sítio, no pico da montanha,
onde das nuvens, e dos ventos, o rei sou eu.
Aqui ficare, aqui morrerei, nessas estalagens,
junto com quem, adorava as paisagens,
que adimirando as, nos meus braços morreu.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 29/10/2009
Reeditado em 09/11/2009
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