que se perde ...
ao quarto da ausência
adormece este olhar
em solidão
entre janelas o luar
reflete sua cor irresoluta
a tingir esta forma desnuda
diluo-te em lembranças que
inesgotável enfraquece-me
dia a dia
transito o pensar em
corredores vazios
e sei que a
promessa é efêmera
deixo-me guiar
intransitiva:
a perder-te d'olhar
para sempre em distâncias
fica-me o sentimento
terno e fictício duma face
e para noite
o consolo da memória
que se ausenta
na lentidão do tempo
....
só, observo:
a palavra à ponta
do lápis: 'partida'