DEUS MEU, me ajude, Senhor!

Quem diria que um dia eu iria escrever uma carta como essa
Pedindo a DEUS pai que me ajudasse
Clamando a memória de meus antepassados
que me ajudassem nessas questões assim nem tão profundas
e que com todas as letras eu fizesse a Historia
e me detivesse por vez em teu coração
pra dele nunca sair mais

esse por do sol é assim tão preto e branco
quero acordar para o mundo real
não posso ver pessoas como eu matando negros africanos
não posso ver sodomia em nossa política tão pecadora
não posso ver os homens do poder com suas canetas de 10 mil

eu vejo alem de teus olhos e sei que teus pensamentos são falsos
eu olho o vazio do ar a tua frente e sei que essa realidade não é real
que muito bem sim podem dragões amarelos passarem por nós
que tudo pode ser mais bonito
e que esse limão não tenha um gosto assim tão azedo

sei que tudo podia ser diferente
sei que cada ato nosso não seria tão ambíguo
sei que lutamos por nossas causas
sei também que tudo o que tivemos não foi um presente de DEUS

cansado dessa sua vaidade
cansado dessa sua volúpia
cansado desse seu peso e de seu desamor

cheio de sua discórdia e de suas maquinações
e eu estava a correr nessa estrada tão louca
quando de repente parei e vi que não era necessário
e que talvez meu caminho nesse mundo seja assim tão só
até que tudo tenha se completado

ate que a abobada celeste já não tenha mais essa cor bizarra azul-celeste
e verde de vez e quando
ate que eu tenha coragem plena e faça finalmente as neves descerem coloridas
até que tudo tenha sido completamente discorrido entre os deuses
ate que eu tenha finalmente me achado entre o mais comum de todos os mortais
e por isso o ESCOLHIDO...


Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 11/07/2006
Código do texto: T191559