BARRANCOS

BARRANCOS

A propósito da Lei aprovada na Assembléia da

República Portuguesa em 2002, que permite a

matança de touros em Barrancos, localidade do

Alentejo fronteiriça à Espanha.

Hoje, um dia, que bem poderia,

A todos os portugueses enobrecer,

Ficou-se pela decepção:

Tíbios representantes desta nação

Contribuíram para abrir a ferida,

Ao referendar a permissão

De práticas bárbaras,

Contra indefesos animais.

O bom nome de portugueses, tantos,

Despenhou-se em Barrancos.

Ainda bem que Portugal

Não é feito só de Barrancos,

Mas a pátria de heróis e de santos

Que levaram o Evangelho e a civilização

A outros povos, tantos!...

Agora, por um vil troféu,

Fazem-se coisas que brada ao céu.

Que se cultivem tradições

Do bom gosto e do honor,

Dignas do passado de nossas gentes.

Vamos amar os seres diferentes

Pois também eles sofrem e sentem dor.

Não façamos do horror o espetáculo,

Mostremos ao mundo, que, sobretudo,

Nós somos a civilização do amor.

Eduardo de Almeida Farias
Enviado por Eduardo de Almeida Farias em 15/11/2009
Código do texto: T1925463