UMA CANÇÃO TÃO ABAFADA

Caminhei em busca da solidão

Pensando em tudo, em nada

Quando te encontrei no poste da ilusão

Sofrejando uma cançao tão abafada

Teus cabelos castanhos quase ouro

Os olhos se afogando nas próprias lágrimas

Parei, sentei-me e fiz coro

Da canção de uma vida passada

Tu me olhastes, quiz rir mas soluçastes

Teus olhos falaram quase tudo

Mas não compreendi nada, que desastre!

Segurei a tua mão tão suada

E caminhamos a noite inteira

Perguntei, já fostes amada?

Ela respondeu, foi esta minha última brincadeira

Me fiz de tonto, louco

E senti que estava apaixonado

Ei, espere mais um pouco

Ela correu e eu fiquei desesperado

Caminhei recordando o momento

Mesmo triste mas que foi tão belo

Ela não me saía do pensamento

Sei que ainda vou vê-la espero

Quando voltava para casa, cansado

Encontrei-a no meio da multidão

Fiquei com o corpo paralizado

Não pulsava nem mesmo o coração

O Corpo, as roupas rasgada, um sorriso

No corpo daquela jovem, meu amor

Porque meu Deus, não era preciso

Um castigo para este sofredor

Fiquei morto, muito mais do que tivesse morrido

Não tive coragem de pega-la nos braços

Só olhava para aquele seu sorriso

Que desenhava a felicidade traço a traço

Foi cruel, foi horroroso meu amor

Não sei teu nome, não sei nada, nada

Sei que vou recordar sou sonhador

Vou me lembrar daquela cançao tão abafada!

Gilberto Júnior
Enviado por Gilberto Júnior em 12/07/2006
Código do texto: T192750