A SOLIDÃO DA ALMA! 
 
Difícil é ter-te em minha alma
Junto ao meu coração,
No mais profundo do meu ser
E sentir que te afastas de mim,
Sem nada que eu possa fazer,
Na impotência de te segurar...
 
Queria poder olhar-te nos olhos,
Sem sentir-me culpada,
E dizer-te que te amo!
Que te necessito,
Como o ar que respiro,
Como o teto que me abriga...
 
Minhas entranhas não têm mais vida...
Apodreceram sem o alimento
Que as sustentava...
O pranto que eu derramava,
Há muito tempo secou...
Lágrimas- já não tenho mais
Para te chorar!
 
Olho pela janela...
Até a Primavera me fugiu.

Secas folhas de Outono
Ainda caídas no chão
Entro em meu quarto
E o que sinto é  desolação!
A dor – já não dói mais,
Pois meu corpo enrijeceu...
Algo dentro de mim – morreu!