desencanto

fartei-me de tantos dias 'bebidos' em uma noite... perdi-me da razão e não sei distinguir os intervalos da vida.

sei, apenas, que existo de alguma maneira, meus registros, posso assim dizer: as minhas pegadas, deixei-as grafadas em um livro de folhas retorcidas, amarelecidas e sem pautas, repletas de letras amanhecidas, as quais, foram vertidas de penas sob noites inteiras, em que faltou a lógica para compreender qualquer questão. não importa ...

estou ao fundo do meu espírito e agora, só, existo ao anoitecer.

a razão pouco importa: ela... é obscura na alma, incapaz e cega à realidade e à luz do dia.

esta razão se encontra farta de palavras psicografadas e ditadas pelo engano propositado do 'seu' bel-prazer.