simbiose
detenho-me em qualquer pensamento
alucino quando posso sonhar
basta-me estar anoitecida
sob o céu com ou sem estrelas
debruçada em janelas e sonolenta,
estando assim:
parva em contentamento
possuo os pés ausentes do chão
oscilo no rumo do vento
tenho noite influída na alma
dou-me por satisfeita
porque sei que o sol
adormece abaixo do horizonte
quieto e que jamais
estará próximo a mim
se acaso, a luz me refletir
terei a minha essência
noturna diluída num pântano
junto as margens da noite
de qualquer dia
a brotar saudade sombria:
beberei o dia
em outras noites
sozinha