Sob a luz das sombras

Não é fácil

Fácil de aceitar

Fui eu que errei

E por isso me condeno a um abismo de dor sem fim

O frio da noite e do gelo o gelam

Sangue e lágrimas se misturam

Fazendo arder a ferida que não se abriu

O aço se derrete conforme "ele" descobre que está vivo

Descobre que sente dor

Vivendo a vida de quem "ele" não aceita ser

A vida de quem "ele" não consegue viver

E nos seus próprios erros "ele" tropeça

Se destrói,

E se reconstrói com os gritos de sua alma

Ardendo no fim de sua vida

No lugar que "ele" próprio escolheu

E é no arder das chamas do caminho esquerdo

Que "ele" se faz feliz

Que "ele" deixa seus medois

E se lança ao ódio de seu ser

de sua razão de não querer viver

E é longe da luz que "ele" se abriga

Se abriga de todo frio que a controverça paz lhe condiz

E das cinzas ele nota que ainda resta uma ponta de sentimento

Escondido entre o arder das chamas de seu ódio

Escondido atrás da escuridão do seu existir

Se encontra uma paixão que retoma todo fluxo

Morrer, viver... de que importa

O sofrimento o alegra e o conduz a verdadeira luz

A luz que poucos enxergam

A verdade se mostra clara

E é por ela que a escuridão retoma ao seu coração

Mas mesmo depois de um perdão

Depois de "ele" entender o significado de uma verdadeira paixão

Seu anjo desconsiderado por muitos vem ajuda-lo

E devolver a ele o sangue frio pronto para ferver novamente

Pois é nas trevas que vive um ser de luz

E é nas trevas que brota o sentimento de loucura

Que o motiva a viver e o torna cada dia mais VIVO

Vivendo sob a luz das sombras