MARCAS DO TEMPO

Acredito sempre estar curada,

Que a ferida fechou, cicatrizou.

Vivo como se nada tivesse acontecido.

Trabalho,estudo,converso,canto,danço...

De repente vem ela!

De mansinho, como quem não quer nada.

Dói, dói, até que vou ao mais íntimo de mim

E identifico o motivo da minha dor.

Sofro, choro, converso com mim mesma,

E tento aquietar meu coração.

Durmo para fugir, o sono reparador me acalma

E me traz de volta á realidade.

Preciso levantar a cabeça, me arrumar e sair ao encontro de todos

E demonstrar que estou bem.

Afinal é tempo de festa.

Autora: Juju Mary 25/12