O começo da 2º parte de um caminho longo
Deixe as formigas carregarem meus restos de carne
Esses gritos de perturbação não amedrontam meu revólver
Um tiro no escuro implora meu desarme
E meus sócios pisam no meu nome
Insolentes riem do meu teatro
Chove desgosto no ato principal
Ordens de loucos eu não acato
Minha redoma é feita de pau
Será que devo pedir ajuda aos inconscientes?
Acho que devo chorar ao lado dos meus irmãos
Alguém me acha um louco doente
Minhas fúrias parecem não ter explicação
Minhas vísceras aclamam socorro
Finjo resistência, pois só vejo neblina
Qualquer mais um pouco de dor eu morro
E meu atestado de óbito meu vicio assina
Antidepressivos não fazem mais efeito
E ainda há espinhos essa semana
Não sei se vou resistir mais algum tempo
Minha cabeça age como se fosse insana
Ainda não sei o que tenho que provar
Estou no limite do precipício do fracasso
Meus espíritos me julgam exagerado
Ainda não sei se gosto do que faço
Preciso dormir vários dias seguidos
Mas não tenho tempo para descansar nessa estrada
Os abutres já rodeiam meu corpo
sinto minha carne toda machucada
Doze carrascos surram meu corpo
Minha mente também se sente lesada
Meu conforto me deixa desconfiado
Minhas forças já se sentem derrotadas
Queria tomar um “anti-problemas”
Ou fugir dos meus passos errados
Meu céu é vermelho e o chão escuro
Acho que vou dormir, pois estou muito cansado.
Quanto mais eu penso, mais me desespero
Será que pílulas podem me ajudar?
Não quero tomar a dor do mundo nem a minha
Eu quero só é me suicidar
Sentado num bar me sentiria mais feliz
Embriagando-me de soluções, razões e intrusos
Cercado de amigos invisíveis
E no final do ultimo gole cortarem meus pulsos
**É só um poema, não pensem que quero me suicidar!! Alguns comentários estão confundindo meus poemas com a minha realidade!