FUGA... ADIANTA?

Vento fustigando, impiedoso,

o corpo frágil vergando

assemelhado ao furacão.

Constatações tristes

que abalam minha alma.

Se errei, não lembro,

o véu encobre a existência,

premida estou pelo sofrer.

Busco, insanamente, responder

mas a resposta esbarra no esquecer.

Porque me dói assim o coração

na certeza de amar,

vida sem brilho e eu tenho tanto.

Calada vou, tenho que ir,

imperioso é o prosseguir.

Estrada longa, pedregosa,

a cada passo lágrimas caindo

molhando o chão.

Poeira levantando

ferindo os olhos, machucando.

Vou para londe, penso as vezes,

desaparecer na triste realidade,

desintegrar no ar, não estar aqui.

Mas logo penso e a razão me diz

não vai adiantar fugir!

Giustina
Enviado por Giustina em 04/01/2010
Reeditado em 04/01/2010
Código do texto: T2009824
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