Espelho

Pois aqui ainda estou.

Olhos caídos no mundo.

Diante de mim os escombros,

E restos da humanidade...

Traz a chuva

Um sabor amargo,

Desfazendo o humano orgulho

Em leve tempestade...

O veneno da lua

Me faz ver estrelas,

Sentindo a tristeza do vento

Em pagar por sua própria liberdade...

A noite torna-se infinita,

Como eclipse eterno...

Sombra de ódio e rancor,

Que esconde em seu próprio peito

A sagrada maldade.

Faz parte do seu mundo seco

O medo da vida.

A mesma vida que te entrega o amor

E grita, no leito

De sua solitária brevidade...

Alex Dumal
Enviado por Alex Dumal em 26/07/2006
Reeditado em 12/09/2008
Código do texto: T202334
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