Inconfidente

como uma parede sem cor

marcas são deixadas sem ninguém perceber

eu não sei mais que caminho percorrer

nem por onde ir nem por onde começar!

há como eu queria voar como os pássaros mais rebeldes!

mate os cedros da Escócia!

mate os cedros da Escócia!

mate os cedros da Escócia!

eles cospem fogo como o mais audaz de todos os dragões

eles afiam seus machados como quem vai cego para o campo de batalha

oh eu não tenho mais a retaguarda de meus 12 anos

oh eu não tenho mais a segurança de meu anjo da guarda cor de rosa!

por favor não vá embora sem deixar seu beijo de despedida!

meu pai eu não sei pra onde ele se foi

pra nunca mais voltar

palavras não ditas ficam voando por aí

em universos sinistros e cheios de malícia

em maldades de corações embriagados de sangue e rancor!

mate os cedros da Escócia!

mate os cedros da Escócia!

mate os cedros da Escócia!

ninguém é capaz de interpretar a minha língua

sou o que sou e nada vai me fazer mudar para trás

cartas de baralho são jogadas para o vento

e multidões gritam o seu nome em um enorme furor de clamor extremo!

quero voar como os pombos da catedral de Notre Dame

quero abater todos os cedros da Escócia

quero ser a escória de tantas poucas pessoas felizes

em um mundo de covardes frustrados

que não sabem o que falam

que se calam ante a injustiça cega!

Fim!