Morte atada

Hoje me deitei com a morte

A perseguida pela vida a fora

Estava ali ereta e suprema.

Era o macho de vontades

Levanta-me as saudades

Descascando feridas suspensas.

Na escuridão do tempo

As pessoas vertem-se

Por qualquer motivo?

Entre abismos de corpos

A vida tão amorfa?

Blasfeme o gozo desfeito!

Atormente a vaidade,

Desrespeite a insanidade,

Assuma riscos a eclodir!

Irradia versos evaporados,

No tumor atado ao corpo que deseja,

A idade é presença superada.

No amor acostado que arde,

A gosma que alimenta,

A morte dorme sem sono

E atormenta.

Diana Balis, nem todos os dias serão felizes. Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 10.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 19/01/2010
Reeditado em 19/01/2010
Código do texto: T2038903
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