Um futuro que nunca foi presente e já é passado

O bloqueio que recaí sobre minhas costas

Me faz sentir o que não sei dizer

E me rodeia sem que eu veja o que é

Nocivo ao meu bem estar

Vontade de dar um passo depois o outro

Mas o que me seguras? Não há ninguém

Só há felicidade e sorrisos

E uma grande parede invisível ao olho

Tão clara e dura para o coração

Uma atitude seria o suficiente

E traria tudo que preciso

Mas apenas observo e só observo

Assisto a celebração de uma imensa euforia

Saudemos a nós mesmo

Olho, vejo e abaixo minha cabeça

Ponho a mão no bolso e me escondo

Corro e me engano, penso que consigo

Vai foge, se esconde covarde!

E lá fico sentado, só olhando de longe

Abençoados são eles, todos em paz

E até quem aparentemente não deveria estar

Estava

Bom ver o sorriso, a alegria de simplesmente fazer parte

Sem vergonha, mostre, dance

Que inveja, nem parece ter vindo dali

E quando tudo favorece nada coopera

Intimidade desperdiçada, desejo enrustido

Vários planos, muitos sonhos

Aquele futuro que entusiasma

Um futuro que nunca foi presente e já é passado

Antonio Leonardo Santos
Enviado por Antonio Leonardo Santos em 30/07/2006
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