Abel e Caim

Frutos do mesmo ventre

Da mulher que dá a luz

A duas vidas que se distinguem.

Então surge o desejo

De uma oferta entregar

Entrega-se o fruto da terra

Entregam-se as primícias do rebanho.

No coração há um anseio:

De qual oferta o Senhor irá se agradar!

Na Alma há um grito

Por não compreender

A disposição para amar.

Com o semblante abatido

Entregou-se a maldade

Anulando-se do bem

E chantageando a verdade.

A morte consolida-se

E para Abel, é o fim

Seu sangue clama na terra

Pelas mãos do próprio Caim

Permeia-se o terror

Nasce o homicídio

Para Caim cabe fugir

Por não suportar seu castigo.

Então um sinal lhe é dado

Marcado e eternizado

E sua vida confusa e errante

Manterá a presença do seu Criador

Distante.

Raquel Cezário
Enviado por Raquel Cezário em 21/02/2010
Reeditado em 21/02/2010
Código do texto: T2098970
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