Serei como o vento?

Ou vento  será como eu
inconstante e temperamental?
Às vezes sopra brando às
vezes vem num vendaval.
Avança em mim uma força
que vem como ventania.
Cortando as esperanças um
frio em mim aponta tirando
em mim a alegria.

Tão claro e visível 
este vento aparece como 
um desejo latente.
Atiça e sopra brando em mim
uma mulher tão ardente.
E como porta sem fechadura

vem numa insanidade
deixando-me tão insegura.
Num sorriso passageiro me percorre
da alma ao ventre, como um
olhar distante me incendiando
a mente.

Serei eu como o vento 
ou vento será como eu?
Eu choro no passar do vento
e o vento passa a chorar.
Vem numa grandeza tamanha
no meu rosto tocar...
Fingindo passar distante dá 
bom-dia risonho na minha
face brilhar .