Patéticamente Romântico

Se eu pudesse arrancar do peito,

Essa dor, mas não tem jeito.

Não tem explicação ou algum contexto.

E não tem cura pra este enfermo.

Triste destino este meu...

Ter nascido um homem patéticamente romântico.

Utopista, poeta de meia boca e devaneador,

Desiludido da vida e fracassado no amor.

Quem sabe um dia eu possa entender.

Esta minha sina e isto que sou.

E das cinzas fazer renascer,

Um pouco da esperança que restou.

Talvez tenha nascido fora do meu tempo,

Talvez sofra o mal da modernidade.

Com tantos vínculos em sociedade,

E em todo tempo me sentindo só.

E esta falta que você me faz,

E dor que não passa com morfina.

Quisera terminar esta rima,

Tendo você bem perto de mim.

Se eu ter você não vou saber como te amar.

Se eu te perder jamais vou me encontrar.

Se te fiz sofrer tente entender,

Que esta dor só você pode curar.

Essa dor que não tem nome,

Não tem fuga e nem razão.

Se pudesse arrancaria do peito,

Este meu pobre coração.