TERRA-MATRIZ

Horizontes de padecimento e migalha

Cobrem de ferrugem

A usina da esperança incendiária:

As progressivas nuvens corpulentas do abandono

--- ao derramar a ácida peçonha do sepulcro do sonho

Sobre a equatorial e atlântica Nação-Melanina,

Muito embora não consiga secar, de todo, o córrego da alegria ---

Entorpece-lhe o sangue da autoestima.

O dissabor, a amargura e a cobiça

São gigantescas piranhas famintas:

Daninhas Ervas Boreais plantam

Suas sementes atiçadoras da ira

No solo de fraternais famílias

Para que floresça prolífica

A eterna dinastia das dantescas florestas de carnificina!

Ah, materna África minha,

Não bastasse

Terem pilhado de ti

O reino dos marfins, esmeraldas e diamantes da fibra;

Infectam-te com o vírus do caos

E a tornam aurífera joia suicida:

A belicosa locomotiva lucrativa!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

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JESSÉ BARBOSA
Enviado por JESSÉ BARBOSA em 13/03/2010
Reeditado em 02/06/2010
Código do texto: T2135938
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