Definho


Definho nos sonhos,

Que sem ti, pesadelos são,

Grito o teu nome em redor,

Em vão!


Nem o vazio do eco,

Desperta já, o meu corpo,

Prostado em desalento,

No velho cadeirão!



Maldita, rejeitada a minha alma,

Vagueia para o abismo,

Pelas Terras do Nada-Nada!

Onde com o pouco que resta,

do meu funesto passado, eu cismo!


Já de nada servem, as ondas do Mar,

Nem o vento mistral a silvar,

Porque o meu simples lamento,

Tão setentrional,

Não conseguem ultrapassar a barreira,

Do destino e da desventura,

Nem chegar a Terras de Portugal!



Aguarela Matizada
Enviado por Aguarela Matizada em 14/08/2006
Reeditado em 04/03/2010
Código do texto: T216165
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