Chuva amarga

Chuva fina de início de inverno,

chora no telhado gotejante.

Como lágrima de fim de choro,

da dor que se faz retirante;

uma trégua no tormento eterno.

A chuva cai constante e fina,

enquanto sofre em meu peito

apaixonado coração romantico;

sentindo falta da menina,

que hoje vive distante.

Distante a vida, distante a sina.

Longe os destinos que se cruzaram;

deixando no peito a dor de quem ama.

Pode a separação transformar amor em ódio?

Tal qual a chuva torna a terra em lama?

Se não odeio a chuva, por cair insistente,

tampouco a Ela, linda e bela,

por me deixar doente, carente.

Pois tolo, quis com ela traçar caminhos,

e hoje sou um pobre, a esmolar carinhos.

Kleber Versares
Enviado por Kleber Versares em 29/05/2010
Código do texto: T2287984
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